Recebemos frequentemente chamadas de clientes em potencial, com um sensor de temperatura em suas mãos, mas pouca informação adicional sobre ele. Isso nos apresenta uma série de desafios. O primeiro passo é identificar exatamente que tipo de sensor de temperatura ele possui.
Algumas vezes, as pessoas perguntam sobre o termopar Pt100. No entanto, é importante ressaltar que esse nome é inadequado para se referir a um sensor de temperatura, já que Pt100s e termopares são tecnologias distintas e com características distintas.
A maioria dos sensores de temperatura utilizados na indústria são termopares, termômetros de resistência ou termistores. Para identificar o tipo de sensor utilizado, sugiro fazer algumas perguntas:
1. Existe alguma informação visível sobre o instrumento que exibe a temperatura?
2. Quais temperaturas são normalmente registradas?
3. Quantos e de que cor são os fios no sensor ou no cabeamento?
4. Desconecte o sensor do sistema e, com um multímetro, faça a medição da resistência nos terminais do sensor.
Etapa 1: Informações sobre os sensores
As possibilidades são:
Termopar tipo K.
- Este termopar também pode ser chamado de:
- NiCr x NiAl
- NiCr x Ni
- T1 T2
- O tipo K é o termopar mais comum.
- Este termopar também pode ser chamado de:
Termopar Tipo J.
- Conhecido como Ferro Constantan, ou FeCo.
Termopar Tipo N.
- Nicrosil x Nisil.
Termopar Tipo R.
- Frequentemente chamado de Pt x Pt13%Rh.
Termopar Tipo S.
- Também conhecido como Pt x Pt10%Rh.
Termopar tipo B.
- Como Pt6%Rh x Pt30%Rh
Termômetro de Resistência de Platina.
- São conhecidos como Pt100, RTD, Pt1000 ou simplesmente RT.
Os termistores podem ser um NTC, PTC ou simplesmente como valor nominal, como 10kΏ. Os modelos de termistores são muito amplos.
Também existem outros tipos de sensores menos comuns que são precisos, porém extremamente raros. E outros sensores digitais.
Etapa 2: Faixa de temperatura
A faixa de temperatura na qual cada tipo de sensor pode operar contém informações cruciais sobre qual sensor o cliente está usando atualmente. As temperaturas máximas típicas dos sensores são resumidas abaixo, mas não são limites absolutos e modelos de sensores customizados podem ter outras limitações.
Etapa 3: Quantidade e cor dos fios
Os códigos de cores podem identificar um sensor. Se houver 2 fios, pode ser qualquer tipo de sensor. As opções de cores do termopar estão resumidas abaixo:
Notas:
Valores de tolerância ±°C, aplica-se o maior valor. As tolerâncias foram obtidas do BS EN 60584-1:2013.
* Temperatura máxima
As limitações para alcançar a temperatura máxima podem ser influenciadas pelo diâmetro do termopar, pelo isolamento e pelas condições ambientais.
Além disso, um fio vermelho e branco normalmente significará um termômetro de resistência.
Se houver 3 fios, dois vermelhos e um branco, é quase certo que é um termômetro de resistência de 3 fios. O terceiro fio também pode ser um fio de aterramento da bainha, enquanto os outros dois são um termopar.
Ou ainda 4 fios, dois vermelhos e dois brancos, provavelmente é um termômetro de resistência de 4 fios. Qualquer outra cor pode ser novamente cruzada com as tabelas acima, pois, provavelmente, você está olhando para um termopar duplo com dois pontos de medição.
Etapa 4: Análise física
Certamente, você terá que desmontar ou desconectar o sensor, e isto só deve ser realizada por técnico experiente e autorizado.
A leitura da resistência através dos terminais dos sensores pode ser decisiva. Supondo que o sensor de temperatura seja relativamente pequeno (menos de 1 metro de comprimento), uma leitura de resistência muito baixa em qualquer temperatura (menos de 10 Ώ) indica um termopar.
Por volta de 110Ώ em temperatura ambiente, é quase certo que é um Pt100, ou 1100Ώ em temperatura ambiente é um Pt1000.
Uma resistência muito maior à temperatura ambiente será provavelmente um termístor. As leituras em circuito aberto simplesmente indicam que o sensor está quebrado.
Esperamos que, seguindo este guia, facilite a identificação do seu sensor de temperatura ou ainda, você possa ajudar outros a identificar.
